O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin autorizou abertura de investigação contra oito ministros do governo federal, três governadores, 24 senadores e 42 deputados federais. Todos foram citados nos depoimentos de delação premiada de ex-diretores da empreiteira Odebrecht, no âmbito da Operação Lava Jato. Do RN, o governador Robinson Faria, o deputado Fábio Faria e a prefeita Rosalba Ciarlini serão investigados por corrupção e lavagem de dinheiro. Possíveis delitos de falsidade ideológica eleitoral atribuídos aos senadores Garibaldi Filho, José Agripino e ao deputado Felipe Maia, segundo Fachin, podem ter prescrito, com extinção de punibilidade.
A ex-governadora Rodalba Ciarilini emitiu nota em que aponta serem inconsistentes as acusações contra ela no esquema da Odebrecht.
“A respeito da matéria do jornal o Estado de São Paulo, a prefeita Rosalba Ciarlini esclarece que nunca recebeu doação de campanha da Odebrecht nem durante seu período no Governo do estado do Rio Grande do Norte contratou qualquer obra ou serviço com essa empresa ou o grupo e também não recebeu deles qualquer benefício ou favor”, afirmou em nota a ex-governadora.
O senador Garibaldi Filho se disse surpreso com a inclusão de seu nome na autorização para abertura de inquérito pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal.
O parlamentar, em nota, afirmou que disponibiliza seus sigilos para provar sua inocência. Confira:
“O senador Garibaldi Filho se declara surpreso com a notícia de inclusão do seu nome nas notícias de delações e, ao mesmo tempo em que nega tais suspeitas, põe-se à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos, inclusive disponibilizando os sigilos bancário, fiscal e telefônico, e espera agilidade na apuração e responsabilidade na distinção entre doações lícitas e sem qualquer contrapartida das doações irregulares”, informou a assessoria de imprensa do parlamentar.