O Pronto-Socorro Clóvis Sarinho (PSCS) dá início na próxima segunda-feira (15) à regulagem da porta de emergência para casos clínicos de média e baixa complexidade. Na prática, o pronto-socorro garantirá o acesso exclusivamente para pacientes politraumatizados e vítimas de acidente vascular cerebral (AVC). Os demais casos, que eventualmente cheguem à porta do PS, serão referenciados para as unidades da rede (Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Hospital Regional de Natal ou hospital da cidade de origem do paciente), conforme a complexidade do caso.
A implantação do regime de porta regulada segue os critérios definidos nas normas técnicas: Fluxo de Pacientes Clínicos Entre Hospitais Gerais Estaduais, Fluxo de Pacientes Cirúrgicos Entre Hospitais Estaduais e Fluxo de Ortopedia Entre as Unidades Hospitalares da Região Metropolitana, regulamentadas desde 2014, e que desenham o atendimento na unidade para pacientes politraumatizados de lesões neurológicas graves (casos exclusivos de seu perfil assistencial).
O processo de discussão que culminou com a implantação da porta regulada do Pronto-Socorro Clóvis Sarinho teve início em fevereiro passado e foi direcionado pelos grupos de trabalho que compõem o Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH). “Não havia como postergar mais esse momento do Walfredo Gurgel. As normas existem há três anos, mas ainda precisávamos ter tudo pactuado com outros entes da saúde do RN. Jamais tomaríamos uma decisão tão séria sem o apoio do Ministério Público (MP) ou Secretaria Estadual de Saúde (Sesap)”, relata a diretora geral do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, do qual o pronto-socorro faz parte, MWG, Maria de Fátima Pereira.
A pactuação citada pela diretora foi motivo inclusive de comunicação também para o Conselho Regional de Medicina (CRM), de Enfermagem (COREN), Coordenadoria de Hospitais de Unidades de Referência (Cohur) da Sesap e Secretaria Municipal de Saúde (SMS), durante o mês de março. Todos cientes e de acordo com a mudança no atendimento do hospital.
“Há 44 anos temos absorvido um contingente de pacientes que nunca foi nosso. Isso historicamente nos prejudicou sobremaneira, desde a escassez de medicamentos, na constante superlotação e pior: deixando de prestar, muitas vezes, uma assistência de melhor qualidade ao paciente grave, porque estávamos sobrecarregados de pacientes clínicos de baixa e média complexidade”, afirma Fátima.