Os vereadores da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Proteção das Mulheres, dos Idosos, Trabalho e Igualdade da Câmara Municipal de Natal discutiram nesta quarta-feira (27), com o secretário Municipal de Infraestrutura (Seinfra) Carlson Gomes, sobre a situação das famílias atingidas pelo desabamento do muro de contenção da lagoa de captação Ouro Preto, no bairro de Neópolis, zona Sul da cidade, ocorrido no dia 21 de agosto.
A vereadora Ana Paula (SD), presidente da comissão, disse que já havia uma preocupação antes do incidente, quando foram encaminhados ofícios cobrando providências, visto que eram observadas rachaduras na estrutura. “Tentamos esse diálogo antes, cobrando a manutenção e não fomos atendidos. Um mês depois do ocorrido, continuamos sem respostas. Estamos cobrando um cronograma de ações porque os moradores que continuam sem suas casas precisam ter um direcionamento de quando terão o problema resolvido”, destacou a parlamentar.As vereadoras Júlia Arruda (PCdoB), Brisa Bracchi (PT) e os vereadores Bispo Francisco de Assis (Republicanos) e Daniel Valença (PT) também participaram da audiência pública, assim como representantes do Ministério Público e da Defensoria Pública, que estão acompanhando o caso e também cobrando informações ao Município.Moradores presentes questionaram o secretário a respeito do trabalho preventivo que não foi realizado, além de respostas concretas quanto à reconstrução. “Os moradores tiveram suas vidas afetadas, suas famílias prejudicadas, a saúde, o emprego e estão sem moradia. O que queremos é que a situação seja resolvida”, destacou o morador Anderson Santana.Segundo informou o titular da Seinfra, desde o ocorrido, foi necessário realizar estudos para evitar novos incidentes. “Como trabalhamos com vidas não se trata de uma obra paliativa, mas que precisa ser estudada e bem feita. Ontem, foi concluída e lançada a chamada pública para as empresas apresentarem propostas em cinco dias. É um trabalho dividido por partes e envolve outras secretarias como a de assistência social e de defesa civil”, declarou Carlson Gomes.A interdição dos imóveis já chega a 13 casas. O líder do Governo na Câmara, vereador Raniere Barbosa (Sem Partido) disse que a audiência foi importante para que o secretário prestasse os esclarecimentos. “O secretário não se negou a participar e a audiência pública é justamente para discutir, ouvir e dar os encaminhamentos e a Câmara é uma intermediadora para que o problema tenha resolutividade”, destacou o parlamentar.Texto: Cláudio OliveiraFotos: Francisco de Assis