Apreensões de bens do crime organizado cresceu 70% em 2024

- publicidade -

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta 4ª feira (29.jan.2025) que a PF (Polícia Federal) aumentou em 70% o número de apreensões de bens e dinheiro oriundos do crime organizado. Os dados fazem parte do balanço do trabalho realizado pela corporação em 2024.

Segundo o levantamento, as apreensões realizadas pela PF resultaram no valor total de R$ 5,6 bilhões, número 70% superior ao do ano de 2023, quando foram apreendidos R$ 3,3 bilhões.

Para o ministro, o aumento no número de apreensões demonstra que a corporação está descapitalizando o crime organizado no país.

“Esses dados não apenas demonstram o êxito das operações, mas também o impacto direto na redução da capacidade de ação de facções criminosas em nosso país”, afirmou.

Ricardo Lewandowski também destacou as principais investigações realizadas pelos agentes, como a finalização do inquérito que tratou da morte da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

“A elucidação desses crimes, que por anos permearam a sociedade brasileira com a sensação de impunidade, foi mais uma vitória do trabalho diligente da Polícia Federal”, disse.

Drogas

Também foi registrado um aumento no número de apreensões de drogas. Durante o ano passado, a PF apreendeu 74,5 toneladas de cocaína, número 2,8% maior que em 2023. Houve ainda o aumento de 15% nas apreensões de maconha e de 20,7% nas de ecstasy.

Crimes ambientais

O levantamento da PF também mostra redução no desmatamento. No ano passado, foi registrada uma queda de 30% nas áreas desmatadas em todo o Brasil, passando de 16.500 km² em 2023 para 11.500 km², em 2024.

Armas de fogo

A PF também registrou uma queda de 11,6% nas emissões de registros de armas de fogo. Em 2023, foram 28.402. No ano passado, 25.097 emissões foram feitas.

As emissões de porte de arma caíram 30% e passaram de 2.469 (2023) para 1.727 (2024).

Segundo o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, a redução ocorreu devido à política adotada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para restringir a concessão de registros, facilitados durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

“Nós tivemos uma redução no registro de arma de fogo e uma redução na concessão de portes de arma de fogo, seguindo a política pública determinada pelo governo brasileiro, que nós somos os cumpridores”, declarou.

Cooperação internacional

Durante a apresentação dos dados, Andrei Rodrigues também defendeu a cooperação internacional para continuar o combate ao crime organizado no Brasil, que envolve laços com crimes ambientais, tráfico de drogas, dentre outros.

Rodrigues falou sobre a eleição do delegado Valdecy Urquiza, realizada no ano passado, para comandar a secretária-geral da Interpol, grupo que reúne profissionais das polícias de diversos países.

“Nós temos que trabalhar fora de nossas fronteiras, com a cooperação internacional, com integração, troca de dados, informações, experiências e capacitação”, afirmou.

Poder 360

COMENTE AQUI

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Assumiremos que você está ok com isso, mas você pode sair do site, caso não concorde. Ok Saiba mais