O deputado federal Benes Leocádio (União Brasil-RN) declarou nesta quarta-feira 29 que concorda com a avaliação da governadora Fátima Bezerra (PT) sobre a falta de uma frente de investimentos mais robusta do governo federal no Nordeste. A governadora afirmou em entrevista à imprensa nacional que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisa reforçar sua presença na região com ações concretas, especialmente em infraestrutura e desenvolvimento social.
“Se há esse registro por parte da governadora, que tem um alinhamento direto com o presidente, imaginem as demais lideranças políticas da região que esperavam uma presença mais forte”, afirmou Benes, ex-presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) e ex-coordenador da bancada federal potiguar. Para ele, a expectativa era de um Lula III mais atuante no Nordeste, não apenas pela votação expressiva que o presidente obteve na região, mas também pela necessidade de reduzir as desigualdades regionais.
Fátima Bezerra afirmou que Lula precisaria reforçar sua atuação no Nordeste caso queira consolidar sua posição para a eleição de 2026. Em entrevista ao jornal O Globo, a governadora pontuou que o governo precisa apresentar resultados mais palpáveis e uma agenda mais estruturada para a região.
Benes reforçou essa visão e destacou a falta de novos investimentos do governo federal na região. “Acho que há uma necessidade de investimentos mais maciços, principalmente nas políticas públicas que dizem respeito à melhoria da qualidade de vida das pessoas que estão aqui no Nordeste”, afirmou o parlamentar. Segundo ele, até o momento, os programas sociais foram mantidos, mas não há uma frente de investimentos estruturantes que possam modificar o cenário econômico e social da região.
A crítica de Benes converge com a de Fátima para um ponto central: a ausência de entregas do governo Lula no Nordeste. O deputado potiguar lembra que, historicamente, a inauguração de obras e projetos costuma contar com a presença do presidente da República. No entanto, ele observa que até agora nenhuma grande ação de impacto foi iniciada. “Toda entrega de obras ou investimentos de qualquer esfera de governo é comum que o governante principal se faça presente”, acrescentou.