População de Baraúna quer ações imediatas para resolver problemas da segurança

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Baraúna precisa de ações concretas, algumas imediatas, para que o aparato policial possa resgatar a segurança da população. Essa foi a conclusão a que se chegou ao final da audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa, para discutir “A Segurança Pública de Baraúna e Região”, realizada na Câmara de Vereadores do município oestano, na tarde da sexta-feira (2).

“A população de Baraúna quer ações imediatas que tragam soluções para o problema da insegurança que vem causando a intranquilidade, tanto na cidade como na zona rural do município. Vamos solicitar uma audiência com a secretária de Segurança Pública e Defesa Social Sheyla Freitas e levar os vereadores da cidade para cobrarmos ações urgentes do governo do Estado”, afirmou a deputada Larissa Rosado (PSB), propositora da audiência.

A parlamentar reforçou que só o fato de Baraúnas estar na divisa do Rio Grande do Norte com o Ceará, o que facilita a entrada e saída de assaltantes de bancos e praticantes de outros crimes, já se justifica a instalação no município de uma base fixa da polícia, o que é uma reivindicação da sociedade, como foi manifestada durante os debates que se estenderam até à noite.

“Vamos cobrar do governo do Estado providências concretas, algumas de curto e outros de médio prazo. Os principais problemas já foram levantados pelas autoridades e pelos representantes da sociedade civil. Não dá mais para esperar. A população está clamando por segurança”, reforçou a deputada.

Durante a audiência, os expositores que ocuparam a Mesa dos trabalhos, os representantes de vários segmentos da sociedade e os cidadãos que acompanharam os debates na plateia, deixaram evidenciado que é preciso aumentar o efetivo policial, assegurar o pagamento de diárias operacionais e a alimentação dos policiais, instalar uma companhia de polícia e investir em políticas públicas voltadas para a juventude.

“Sou muito descrente em algumas áreas. Não posso ficar só na oração. Tenho que cobrar de quem pode fazer alguma coisa. O problema da segurança já é consequência, não é causa. O que é que está sendo feito para combater as drogas. Não tenho autoridade. É um desabafo, uma cobrança. Chega de conversa, vamos trabalhar. É louvável essa audiência que tem que falar por Baraúna, falar por nós”, asseverou o pároco da Igreja de Nossa senhora das Graças, padre David Aquino.

Já o presidente da Câmara, vereador Marcos de Sousa (PTB) disse que a população está clamando por segurança. “As pessoas ficam engaioladas em casa protegida com grandes de ferro e os muros são mais altos do que o pé direito das residências. Os bancos e o correio foram arrombados. A população ficou cinco meses indo fazer as suas operações bancárias em Mossoró” afirmou.

O presidente do Conselho Municipal de Segurança, João Saldanha defendeu em sua intervenção nos debates, que é preciso, efetivamente, aumentar o contingente policial para o trabalho na zona rural, onde, segundo ele, o problema da segurança está pior do que na cidade. “É preciso planejamento para melhorar o setor. Os policiais são competentes, mas sem condições de trabalho. A criação de políticas públicas fará com que, a curto e médio prazos se evite a delinquência. Vamos ouvir a voz do povo de Baraúna e traçar metas”, sugeriu Saldanha.

Em seu depoimento, o comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar, sediado em Mossoró, major Maximiliano Luiz Bezerra, que é responsável pelo trabalho em sete cidades da região disse que a unidade já teve uma baixa de mais de 400 policiais nos últimos sete anos, havendo, portanto uma deficiência do número de pessoal. “Necessitamos de 410 policiais a mais para chegarmos ao que tínhamos em 2010, para dar uma segurança melhor à população”, frisou o major.

O representante do comando geral da Polícia Militar, tenente coronel Alvibar Gomes registrou que há 11 anos não se tem um concurso para a formação de um soldado da PM e questionou em sua intervenção: “o que estava sendo feito que durante esse tempo não houve a formação de nenhum policial?”. Além da redução do efetivo, outro problema apontado é o deslocamento do carro policial para ser abastecido em outra cidade, quando se gasta mais combustível e a cidade fica sem o policial durante o período desse deslocamento.

A prefeita da cidade, Lúcia Maria Fernandes (PR) disse que não podia fazer tudo que o município precisa em apenas cinco meses de gestão e que é preciso união de todos, deixando a política de lado para pensar na população. “Estamos abrindo novos caminhos para transformar o município. Estamos ouvindo os reclamos do povo para, através da Prefeitura e Governo, resolvermos os problemas da segurança”, afirmou a prefeita que já tem pronto um projeto de monitoramento da cidade por meio de câmeras. O sistema quando for implantado vai ser entregue à Polícia para a operacionalização.

O delegado regional de Polícia Civil, Denys Carvalho, que representou a secretária de Segurança Pública do Estado, Sheyla Freitas disse que o primeiro passo para amenizar o problema é elevar o número de policiais militares e civis, registrando que a Polícia Civil conta apenas com 37% do seu quadro e que Baraúna tem apenas três agentes.

A Mesa dos trabalhos foi presidida pela deputada Larissa Rosado e contou com a presença da prefeita Lúcia Maria, vice-prefeito de Baraúna, Adauto Bezerra Delegado Denys Carvalho, presidente da Câmara Municipal, vereador Marcos Antônio de Sousa, Padre David de Aquino, tenente coronel Alvibar Gomes; major Maximiliano Bezerra; gerente do Banco do Brasil em Baraúna, Antônio Marcos da Silva; Presidente do Conselho Municipal de Segurança, João Saldanha; presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, José Saldanha e a vereadora de Mossoró, Sandra Rosado.

Também participaram das discussões, além do presidente da Câmara que fez parte da Mesa, os vereadores Fabrício de Sousa Carvalho (PSD); Francisca Helena de Oliveira (PSD), Francisco Deividclay da Costa (PSDB); Francisco Paulo Júnior (PHS); Francisco Raimundo de Araújo (PMB), Gleydson Moises de Medeiros (PHS); Maria das Graças Ferreira (PMB) e Maria Neuza Silva (PR).

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