A imprensa divulgou nesta terça-feira (4) a notícia sobre delação premiada de Gledson Golbery de Araújo Maia, ex-chefe do serviço de engenharia do DNIT no Rio Grande do Norte, na qual o ex-deputado federal e presidente Estadual do PR, João Maia, é acusado de ter sido favorecido por irregularidades cometidas naquele órgão.
O ex-deputado explica, em nota, que processo tramita em segredo de Justiça, e por isso ainda não teve acesso aos autos e ao conteúdo da delação, “providência essa que os meus advogados já requereram e que aguarda deferimento para que eu, conhecendo de que sou acusado, possa me defender”.
“Confio plenamente no Poder Judiciário, e tenho a mais firme convicção de que as investigações irão distinguir a mentira da verdade, e ao final demonstrar que são acusações infundadas de quem busca culpados para as suas próprias fraquezas”, afirma o presidente Estadual do PR no Rio Grande do Norte.
A denúncia contra João Maia partiu do sobrinho Gledson Maia, que ocupou cargo de chefe de Setor de Serviços de Engenharia do Dnit no Rio Grande do Norte. O delator, que é réu no processo investigado pela Via Ápia desde 2010 – e que chegou a ser preso por envolvimento nos crimes -, afirmou que era recebida, na maioria dos casos, propinas referentes a 4% do valor de cada obra, com 70% desse valor ficando com João Maia e os outros 30% divididos entre ele e o então superintendente do órgão Fernando Rocha, também réu no processo.
O ex-deputado federal não é réu no processo que tramita na 2ª e 14ª Varas Federais no Rio Grande do Norte.