“Fraternidade: Biomas brasileiros e defesa da vida” é o tema da campanha da Fraternidade 2017, que foi amplamente debatido na manhã de hoje (23), na Câmara Municipal de Natal, em audiência pública proposta pelo vereador Franklin Capistrano (PSB). Em destaque, estiveram a recuperação da Caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro e com predominância no Nordeste, e as alterações climáticas e de ocupação do espaço, uso do solo e áreas verdes em Natal.
“Todos os anos a Câmara de Natal vem reconhecer a importância da Campanha da Fraternidade que esse ano defende a vida por meio dos biomas. Natal é uma cidade que cresce, mas que precisa ter esse crescimento de forma ordenada, preservando a qualidade de vida e o meio ambiente. Esta audiência vem chamar a atenção para a importância desse assunto”, destacou o parlamentar. Estiveram na audiência os vereadores Fernando Lucena (PT) e Ubaldo Fernandes (PMDB), além de representantes da igreja Católica, professores, biólogos, e profissionais defensores da causa.
Com o tema, a igreja Católica quer alertar a população e as autoridades sobre a necessidade de preservação dos principais biomas que cobrem o território brasileiro, ou seja: Mata Atlântica, Amazônia, Pantanal, Caatinga, Cerrado e Pampas. A professora da Escola Agrícola de Jundiaí, Magda Guilhermino, coordenadora do movimento “Defesa da Caatinga”, apresentou a proposta para criação de uma lei para estabelecer um fundo, semelhante ao fundo da Amazônia, para restaurar a região. Esse fundo ajudaria os agricultores a sobreviverem enquanto realizariam as ações de recuperação da Caatinga. “Precisamos dessa recuperação para que todas as espécies de vegetais e animais desse bioma possam continuar existindo, além de fortalecer a agricultura familiar do caatingueiro. Se não recuperar, vamos sofrer com a exaustão de recursos naturais. A revegetação tem que acontecer”, destacou a professora.
De acordo com o coordenador da Campanha da Fraternidade 2017 na Arquidiocese de Natal, padre Robério Camilo, a intenção é fazer um trabalho de conscientização para que haja maior preocupação com a preservação dos biomas. “Por isso a campanha se faz nas casas, conversando com as famílias, profissionais, políticos em debates como este. A preocupação é em cuidarmos desse planeta, que é nossa casa, dos bens naturais, para garanti-los às futuras gerações. Se não houver preservação, a vida fica prejudicada”, disse o padre. Oficialmente, a Campanha da Fraternidade 2017 começou na Quarta-feira de cinzas e termina no Domingo de Ramos, disponibilizando material gráfico, videos e músicas referentes ao tema.