Ministro da Justiça francês quer proibir que políticos contratem parentes

- publicidade -

Com os recentes escândalos envolvendo empregos fantasmas para familiares dos políticos, o ministro da Justiça da França, François Bayrou, disse que pretende moralizar a política.

Nesta quinta-feira (01), a Justiça francesa anunciou a abertura de uma investigação da mulher do ministro da Coesão de Território, Richard Ferrand. Ela teria sido beneficiada pela concessão de um contrato de aluguel por parte de uma seguradora na qual ele, Richard, era diretor geral.

O ministro da Justiça François Bayroud disse que vai proibir que ministros e deputados contratem parentes para trabalhar no exercício político.

”A partir de agora está proibido que membros do governo e parlamentares empreguem seus familiares. No caso de parente de um político contratado por outro político, o que chamamos de emprego cruzado, nesse caso é imprescindível apresentar uma declaração de interesse”, declarou.

Durante a corrida presidencial, o candidato conservador François Fillon desabou nas pesquisas depois que a imprensa revelou que sua esposa e seus dois filhos foram beneficiados por empregos fictícios como assistentes parlamentares.

O ministro da Justiça anunciou também a criação de um banco da democracia, para ajudar os partidos políticos a financiar suas atividades e campanhas eleitorais.

”É necessária uma reforma profunda dos meios de financiamento da política no sentido de transparência e do pluralismo. Os tribunais de contas regionais devem certificar a conta dos partidos, quando estes atingem ou ultrapassam o teto dos gastos do financiamento público”, disse.

Desde que chegou à presidência da França em maio, Emmanuel Macron transformou a moralização da vida política em uma prioridade.

As eleições legislativas de 11 e 18 de junho serão cruciais para o jovem presidente buscar maioria no parlamento e aplicar suas ambiciosas reformas.

De acordo com uma pesquisa da Opinion Way publicada nesta quinta-feira, seu movimento, a República em Marcha, lidera a intenção de voto para o primeiro turno, com 29%, à frente do partido conservador, os Republicanos (20%) e do ultradireitista Frente Nacional (18%).

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Assumiremos que você está ok com isso, mas você pode sair do site, caso não concorde. Ok Saiba mais