O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesse domingo (4) que alguns dos manifestantes que saíram às ruas para protestar contra o seu governo estavam sob os efeitos do captagon, uma droga que, segundo afirmou, “é utilizada pelo Estado Islâmico”.
“Estão usando algumas drogas que foram e são utilizadas pelo Estado Islâmico. O captagon é uma droga poderosíssima”, disse Maduro em seu programa semanal de rádio, ao lembrar que um manifestante terminou com queimaduras depois de uma “ação temerária” na qual tentou incinerar a moto de um policial durante protesto.
O captagon movimenta milhares de dólares anuais, e tudo indica que a Síria é um de seus maiores produtores, disse à Agência EFE, em fevereiro de 2016, a especialista do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), Angela Me.
O estimulante é conhecido como “droga dos jihadistas” por seu suposto uso por parte dos combatentes do Estado Islâmico, apesar de a especialista ter reconhecido que a UNODC não tem provas dessas suposições.
Segundo o presidente venezuelano, a droga é “entregue” aos manifestantes que se tornam violentos, para que cometam ações violentas “em meio ao êxtase e à aceleração”.
Os opositores ao governo promovem protestos nas ruas há 65 dias, alguns deles marcados por incidentes violentos que deixaram até agora 65 mortos e mais de mil feridos, de acordo com números do Ministério Público.