Acusada por enriquecimento ilícito, ex-namorada de Evo Morales é condenada a 10 anos de prisão

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A Justiça da Bolívia condenou nesta terça-feira a 10 anos de prisão Gabriela Zapata, ex-namorada do presidente boliviano, Evo Morales, por enriquecimento ilícito e uso indevido de bens e serviços públicos, informou a Procuradoria.

A ex-namorada do presidente era gerente da CAMC, empresa chinesa que firmou contratos com o Estado boliviano da ordem de 560 milhões de dólares. O próprio governo reconheceu que ela despachou de escritórios públicos.

Zapata espera agora outro julgamento pelo caso de um suposto filho com o presidente

O procurador de La Paz, Edwin Blanco, indicou que “o crime de legitimação de ganhos ilícitos foi comprovado com base nos milionários depósitos nas contas Zapata e pagamentos em dinheiro feitos pela acusada para a compra de imóveis, carros e empresas, entre outras propriedades.”

O tribunal de justiça condenou a penas menores quatro outros funcionários públicos que colaboraram com Zapata.

Zapata afirmou no ano passado que teve um filho com o presidente, em um caso que deu origem a um escândalo na Bolívia que custou a Morales a vitória em um referendo em fevereiro, no qual buscava ser validado para disputar um quarto mandato (2020-2025).

A Justiça boliviana acabou por determinar a “inexistência física comprovada” do suposto filho. Ela afirmou que a criança morreu.

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