Se o São Paulo, mesmo com a campanha irregular que vem apresentando até o momento na temporada, ainda lidera a média de público do futebol brasileiro em 2017, com cerca de 32.500 espectadores por partida, no quesito renda quem está com motivos para sorrir é o Palmeiras. Afinal de contas, nenhum clube faturou mais que o atual campeão do Brasileiro. Na disputa pelos títulos da Taça Libertadores e do estadual, o Verdão já arrecadou R$ 15,4 milhões. Lembrando que nos dois levantamentos, leva em consideração os confrontos realizados como mandante pelas 60 equipes das Séries A, B e C da principal competição nacional.
Nas nove vezes que atuou em casa, o time comandado pelo técnico Eduardo Baptista teve renda bruta média de aproximadamente R$ 1,7 milhão por partida. O maior faturamento foi registrado no duelo contra o Peñarol (R$ 2,58 milhões), pelo torneio contimental, quando venceu por 3 a 2 no último minuto. Tal quantia é a terceira maior renda num único jogo em 2017, atrás apenas do Flamengo, que conseguiu R$ 3,6 milhões na goleada por 4 a 0 sobre o San Lorenzo e outros R$ 3,3 milhões, na vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-PR, ambas pela mesma competição.
A segunda maior arrecadação do Palmeiras (R$ 2,56 milhões) também foi obtida na Libertadores, só que no difícil triunfo sobre o Jorge Wilstermann-BOL por 1 a 0. Na sequência aparece o clássico contra o São Paulo (R$ 2,3 milhões), pelo Paulistão. Na ocasião, o Verdão venceu por 3 a 0. Por outro lado, a sua pior receita (R$ 1,03 milhão) foi no jogo de volta contra o Novorizontino pelas quartas de final do estadual.
Depois do Palmeiras, o clube que mais ganhou dinheiro foi justamente o Rubro-Negro carioca. No total foram 11 partidas como mandante, o que gerou uma arrecadação de R$ 10,8 milhões. Além das partidas pela Libertadores citadas acima, vale destacar a renda (R$ 1,27 milhão) que conseguiu no empate por 2 a 2 com o Vasco pelo Carioca, em Brasília. O seu pior faturamento (R$ 27.440) foi no triunfo por 3 a 0 diante do Bangu, no Raulino de Oliveira, pelo estadual. Embora o preço médio do ingresso nos jogos do Fla (R$ 55) seja apenas três reais mais barato que nas partidas do Verdão (R$ 58), a diferença de arrecadação entre os dois clubes é de R$ 4,6 milhões. Um dos motivos é a presença mais constante dos palmeirenses desde que a sua Arena foi inaugurada, em novembro de 2014.
Famoso pela sua fiel torcida, o Corinthians aparece na terceira colocação, com um total de R$ 9,55 milhões em nove confrontos disputados na sua Arena. A melhor renda (R$ 1,99 milhão) foi no clássico contra o Santos, quando venceu por 1 a 0, pela sétima rodada do Paulista. O pior (R$ 473.376) aconteceu na terceira rodada pela mesma competição, na vitória sobre o Novorizontino por 1 a 0.
Embora o preço médio (R$ 26) que o São Paulo cobra pela entrada nos jogos em casa seja bem menor que outros times, o Tricolor Paulista já soma R$ 8,66 milhões em 10 duelos, ocupando a quarta posição. Não é à toa que é o primeiro em média de público. Neste caso, a matemática é simples: com ingresso mais barato, a torcida tende a comparecer em maior número. Foi o que aconteceu no empate por 1 a 1 com o Corinthians – renda de R$ 1,35 milhão – e na vitória por 5 a 2 sobre a Ponte Preta – renda de R$ 1,31 milhão – ambos pela fase de classificação do estadual, quando mais de 50 mil pagantes foram ao Morumbi.
O Botafogo fecha o top 5, com R$ 6,51 milhões em receitas com bilheteria nos 10 jogos que teve o mando de campo. Destaque para os confrontos pela Libertadores, quando ganhou por 2 a 1 do Colo Colo (renda de R$ 1,89 milhão), e Estudiantes (renda de R$ 1,72 milhão), além do Olimpia por 1 a 0 (renda de 1,39 milhão). Nos três jogos, os torcedores encheram o Engenhão, apesar de o preço do bilhete ser mais caro que o cobrado no Carioca. Por sua vez, o Glorioso só faturou R$ 64.050 na vitória sobre o Macaé por 2 a 1, pelo estadual.
Entre os 10 primeiros clubes com maior arrecadação na atual temporada ainda temos Grêmio (R$ 6 milhões), Internacional (R$ 4,1 milhões), Atlético-PR (R$ 3,6 milhões), Cruzeiro (R$ 3,5 milhões) e Fluminense (R$ 3,4 milhões).