Brasil e Paraguai se encontram na noite desta terça-feira, às 21h45, na Arena Corinthians, em Itaquera. O confronto, que pode até decretar a classificação da seleção brasileira para a Copa do Mundo de 2018, não tem sido favorável aos brasileiros nos últimos anos e, por isso, é tratado com respeito por Tite. No entanto, em apenas sete jogos, o treinador já conseguiu fazer mais que os paraguaios nas eliminatórias.
O Brasil não vence o Paraguai desde o dia 10 de junho de 2009, nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010 quando, sob o comando de Dunga, a seleção fez 2 a 1, gols de Robinho e Neymar. Nos quatro jogos seguintes, porém, quatro empates, sendo que dois deles foram seguidos por derrotas nos pênaltis, resultando em eliminações na Copa América de 2011 e também de 2015.
Na entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira, Tite pediu atenção aos jogadores, apontando os perigos do adversário que carrega este pequeno tabu a seu favor.
“Em termos táticos, alterna pressão, alta, média e baixa. E te pressiona na frente, te induz ao erro. A pressão baixa dela (equipe paraguaia), é muito concentrada, os homens de lado têm uma transição. Com Romero ou Lescano, e uma jogada trabalhada também sob forma de triangulação. Bola parada forte também, traz componentes importantes, te fazem pensar no nível de enfrentamento”, analisou o treinador.
O empate em 2 a 2 no dia 29 de março de 2016 foi o último jogo de Dunga com a seleção pelas eliminatórias, sendo substituído após a disputa da Copa América Centenário. Após o confronto, as duas equipes somavam 9 pontos cada nas eliminatórias, com o Brasil ocupando a sexta colocação e o Paraguai a sétima. De lá para cá, tudo mudou na equipe brasileira.
Em apenas sete jogos, Tite conseguiu que a equipe brasileira fizesse mais do que o Paraguai em toda a competição. Foram 7 vitórias, 21 pontos conquistados, 21 gols marcados e apenas dois sofridos. Já os rivais desta noite, em 13 jogos, acumularam 18 pontos, marcaram 13 gols e sofreram 18.
Caso vença nesta noite e aconteçam derrotas de Chile e Equador (que jogam em seus domínios contra Venezuela e Colômbia, respectivamente), a seleção brasileira carimba o passaporte para a Rússia. Por mais improvável que seja a definição nesta noite, a classificação parece próxima, e Tite sabe que é impossível controlar a euforia, clima completamente oposto ao vivido antes do primeiro confronto com os paraguaios.
“Encaro com naturalidade, não posso deixar que os atletas fiquem felizes, e eu também, não posso não ficar feliz. Mas isso não facilita em nada nosso trabalho no enfrentamento com o Paraguai, que não vencemos há quatro jogos, que venceu a Argentina fora e que busca uma classificação. Temos consciência que há um fato bom, mas com naturalidade”, afirmou o treinador.