A Sondagem das indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN, mostra que a reação positiva no nível de produção industrial registrada em março não se manteve. Em abril, a indústria potiguar voltou a registrar queda na produção na comparação com o mês anterior, após assinalar crescimento em março. Dessa maneira, ficou mantida a tendência que se vinha repetindo desde setembro de 2016.
Acompanhando o desempenho negativo da produção, o nível médio de utilização da capacidade instalada (UCI) passou de 68% em março para 67% em abril, sendo considerado pelos empresários consultados como abaixo do padrão usual para o período, comportamento que se mantém desde setembro de 2011. A trajetória de queda no número de empregados, iniciada em fevereiro de 2014, também foi conservada.
Além disso, os estoques de produtos finais recuaram em relação ao mês anterior e ficaram abaixo do nível planejado pelo conjunto da indústria. Quando comparados os dois portes de empresas avaliados, verifica-se que, de uma forma geral as avaliações de recuo na atividade convergiram, permanecendo as divergências nas expectativas em relação aos próximos seis meses. Ou seja, as pequenas indústrias preveem queda nas compras de matérias-primas e estabilidade na quantidade exportada dos produtos, enquanto as médias e grandes esperam aumento nos dois indicadores.
Em maio, as expectativas da indústria potiguar estão otimistas com relação à demanda, às compras de insumos e à quantidade exportada nos próximos seis meses e permanecem pessimistas no que diz respeito ao número de empregados. Já a intenção de investimento do conjunto da indústria voltou a subir – aumento de 1,1 pontos na comparação com abril e de 11,1 pontos em relação a maio de 2016.
Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados dia 24/05 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as opiniões convergiram, com a diferença de que os empresários nacionais apontaram que os estoques de produtos finais registraram pequeno aumento entre março e abril e estavam ajustados ao nível planejado pelas empresas. Além disso, o índice de intenção de investimento caiu (de 47,0 para 46,6 pontos).