Taxa do cartão e do cheque recuam em fevereiro, mas juro bancário médio sobe
Os juros cobrados pelos bancos em suas operações com cheque especial e cartão de crédito rotativo recuaram em fevereiro deste ano, informou nesta quarta-feira (29) o Banco Central.
Em fevereiro, a taxa cobrada nas operações com cartão de crédito rotativo, a mais cara do mercado, recuou de 486,7% ao ano (recorde histórico) para 481,5% ao ano. Já os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cheque especial também registrou pequena queda, passando de 328,3% ao ano, em janeiro deste ano, para 327% ao ano no último mês.
Mesmo com a pequena queda em fevereiro, especialistas recomendam que essas modalidades de crédito (cartão e cheque especial) só devem ser utilizadas em momentos de emergência e por um prazo curto de tempo, devido ao custo proibitivo. No caso do cartão de crédito, a recomendação dos economistas é que os clientes bancários paguem toda a fatura no vencimento para não deixar saldo devedor.
O governo anunciou recentemente que quer baixar os juros do cartão de crédito. Se a medida for implementada, os juros do cartão recuariam para cerca de 240% ao ano, ainda é considerado alto para padrões internacionais. Pela norma, o rotativo só poderá ser usado até o vencimento da fatura seguinte. Se na data do vencimento o cliente não tiver feito o pagamento total do valor da fatura, o restante terá que ser parcelado ou quitado. Alguns bancos já começaram a se ajustar.
Juro médio sobe
A queda dos juros bancários do cartão de crédito e do cheque especial, porém, não foi suficiente para influenciar a taxa média de todas as operações com recursos livres (que excluem crédito imobiliário, rural e do BNDES).
No mês passado, a taxa média dessas operações atingiu 53,2% ao ano – o maior nível desde novembro de 2016 (53,8% ao ano). Em janeiro, a taxa estava em 52,9% ao ano. Já o juro bancário das operações com pessoas físicas subiu 0,5 ponto percentual no mês passado (para 73,2% ao ano) e a taxa das empresas recuou 0,1 ponto percentual – para 28,7% ao ano.