O Ministério da Justiça da Rússia proibiu a veiculação e acrescentou à lista de conteúdo “extremista” uma imagem do presidente russo, Vladimir Putin, caracterizado como drag queen. O governo, no entanto, não especificou qual a figura regulada — incluída no rol com o número 4.071 entre os 4.704 materiais vetados.
Na avaliação do Kremlin, a imagem de Putin com a pele, os olhos e os lábios maquiados sugere “uma suposta orientação sexual fora do padrão do presidente da Federação Russa”. Porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov minimizou a decisão em entrevista à agência estatal Tass. Segundo ele, Putin era “resiliente a estas vulgaridades”.
“Nossa legislação tem, digamos assim, um código de defesa à honra e à dignidade do cidadão, inclusive do presidente. Os indivíduos devem se guiar por essas normas”.
Montagens do tipo ganharam as redes sociais especialmente depois que o país aprovou uma lei que bania a “propaganda gay”, em 2013. Em protestos contra a legislação, manifestantes usaram camisas e ergueram cartazes com o rosto de Putin maquiado e adornado pela bandeira colorida do orgulho gay.
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Ao saber do veto à caracterização de “drag queen”, internautas não temeram represálias e usaram as redes para reafirmar o movimento. “Como está proibido, não compartilhem isso”, ironizaram alguns usuários.