Adolescentes aderem cada vez mais à dieta vegana; saiba riscos e benefícios

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A escolha por uma alimentação sem carnes ou qualquer produto de origem animal não está restrita aos adultos. Cada vez mais adolescentes estão adotando dietas vegetariana ou vegana. A “moda natureba” não parece ter tanto a ver com emagrecimento, mas com uma preocupação ambiental. Os veganos não ingerem nada de origem animal, como ovos, laticínios e mel. Já os vegetarianos, excluem apenas as carnes do cardápio. Nessa busca de identidade, quem pode ficar perdido são os pais. Para suprir essa demanda e garantir um crescimento saudável, a chave está em buscar um acompanhamento médico ou nutricional.

“Nosso trabalho é mostrar aos pais as ferramentas, para que fiquem tranquilos com a escolha do filho”, observa o nutrólogo Eric Slywitch, da Sociedade vegetariana brasileira, que defende essas dietas como benéficas para a saúde.

Por outro lado, o pediatra Mauro Fisberg lembra que há riscos e é preciso ter cuidado.

“Pode interferir no desenvolvimento do adolescente, com deficiência de vitaminas e minerais importantes. Isso terá efeito na vida presente e futura. Os riscos sobem à medida que se tiram itens da alimentação”, diz o especialista membro do Departamento Científico de Nutrologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Outro cuidado importante é com as substituições. Quando a carne sai, o espaço no prato deve ser preenchido, mas de forma saudável.

“O problema é não ter acompanhamento profissional e escolher produtos ultraprocessados, ricos em açúcares, gordura, que é fator de risco para doenças crônicas, como obesidade e diabetes tipo 2. A base do vegetariano é de vegetais, frutas, legumes, verduras”, pontua Manuela Dolinsky, do Departamento de Nutrição e Dietética da UFF e autora do livro Nutrição de Vegetarianos (Editora Payá).

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