Os presidentes da Federação das Indústrias (FIERN), Amaro Sales de Araújo, da Federação dos Transportes (FETRONOR), Eudo Laranjeiras, da Federação da Agricultura (FAERN), José Vieira, e o vice-presidente da Federação do Comércio (FECOMERCIO), Luiz Lacerda, se reuniram nesta quarta-feira, 10, durante café da manhã na Confederação Nacional da Indústria (CNI), com parlamentares federais do Rio Grande do Norte.
Estiveram presentes os senadores José Agripino e Garibaldi Alves e os deputados Beto Rosado, Walter Alves, Rogério Marinho e Felipe Maia. Na ocasião, foi entregue uma carta assinada por todas as Federações e feita uma explanação sobre a gravidade da situação da Previdência Social.
O presidente da FIERN e do Conselho da Micro e Pequena Empresa (COMPEM-CNI), Amaro Sales, voltou a defender enfaticamente a aprovação das reformas como condição imprescindível para o equilíbrio das contas públicas e, consequentemente, apoiar o Brasil a sair da crise, reanimar a economia e voltar a gerar empregos.
No caso do Rio Grande do Norte, a taxa de desemprego já atinge quase 15%, afetando 225 mil potiguares, aponta o documento entregue aos parlamentares, que também alerta para o monumental déficit do governo federal, que atingiu em 2016, quase R$ 160 bilhões e elevou a dívida pública do país a R$ 4,1 trilhões (66% do PIB nacional).
Segundo a carta, “um dos efeitos nefastos da atual conjuntura é a perda, quase total, da capacidade de investimentos públicos, oxigênio historicamente imprescindível para fazer girar as engrenagens econômicas. Outro efeito deletério observado é o Estado ser obrigado a recorrer ao mercado para captar recursos e fazer frente às suas despesas, vendo-se compelido a manter altas taxas de juros, a exemplo da Selic, taxa básica da economia, que está, atualmente, em 11,25% ao ano”.
Para os dirigentes das classes produtoras, “está muito claro que grande parte desse descompasso entre receitas e despesas do Poder Público tem na Previdência Social sua raiz, tanto na do Regime Geral que envolve apenas o INSS (trabalhadores Urbanos e Rurais), como as dos Regimes Próprios da União (servidores Públicos Civis e militares), e a dos Estados e Municípios”.
De acordo com números expressos na carta, os déficits totais dos regimes previdenciários (Geral e Próprio) somaram em 2016 R$ 316,6 bilhões, valor superior ao estimado para Petrobras (R$ 230 bilhões), a maior empresa brasileira.
Para os dirigentes do setor produtivo do Rio Grande do Norte, é urgente a necessidade de se rever todo o sistema previdenciário. “Além do risco de completa falência, a demora em resolver o problema fará o Brasil simplesmente não conseguir sair da crise econômica em que está, mesmo com todos os esforços despendidos em outras áreas”.
As entidades encerram a nota reafirmando o apelo à bancada federal potiguar para que se posicionem favoravelmente à Reforma da Previdência em curso no Congresso Nacional. “A bem do interesse coletivo, este é o desejo de todos nós”, finaliza o documento.