O Estado Islâmico forçou uma criança a mudar seu nome ao considerar uma blasfêmia a escolha de seu pai. Messi, de 5 anos, teve que ser chamado de Hassan por dois anos, após sua família ser sequestrada pelo grupo jihadista. O pai do menino é fã de Lionel Messi, jogador do Barcelona.
A família deu entrevista ao jornal iraquiano “Kurdistan 24” nesta terça-feira. Messi, sua mãe e sua irmã foram sequestrados de sua casa em Singar, no Norte do Iraque, e mantidos em cativeiro após sua cidade ter sido atacada na fronteira da Síria em 2014.
O menino está traumatizado com a experiência no cativeiro. Agora ele não responde quando é chamado de Messi e fala pouco, diz a família. Durante a entrevista, a criança vestia uma camisa do jogador do Barcelona e jogava bola.
— Eles fizeram uma lavagem cerebral e intimidaram a criança, fazendo-a rejeitar seu nome e pedir para ser chamada de Hassan — disse o pai do menino ao jornal iraquiano.
A família do garoto foi resgatada pelas tropas curdas em outubro de 2016 e atualmente vive em um campo de refugiados na cidade Aqrah, sob controle curdo. Eles pertencem ao grupo minoritário Yazidi, perseguido pelo Estado Islâmico por ser considerado “infiel”. O tratamento que o grupo jihadista submete ao povo Yazidi inclui execuções em massa, escravidão e estupro, o que foi considerado um genocídio.
O Estado Islâmico já matou 5 mil pessoas e cerca de 7 mil ainda estão em cativeiro, segundo a ONU.