O presidente da República, Michel Temer (PMDB), disse em entrevista à TV Bandeirantes na noite de sábado (15) que compartilha da indignação dos brasileiros com a lista de Fachin e o número de políticos citados nas delações da Odebrecht.
“Quando você vê uma lista com 200 nomes – e agora se alardeia que tem mais 200 nomes –, você tem muita gente do Congresso, você tem ex-presidentes, você vê governadores, você tem uma multidão”, afirmou Temer sobre o número de políticos citados por ex-executivos da Odebrecht. “A indignação é verdadeira, e eu compartilho essa indignação. Eu não faço uma crítica à indignação que a população sente, é mais que razoável. É legítima porque é quase, digamos assim, assustador.”
O presidente é citado em pedidos de abertura de dois inquéritos relacionados às delações da Odebrecht, mas tem ‘imudidade temporária’ e não pode ser investigado por crimes que não aconteceram durante o exercício do mandato.
Na entrevista, Temer admitiu que não conta com grande apoio da população – pesquisa Ibope de 31 de março mostra que seu governo é aprovado por 10% e reprovado por 55% – e por isso depende do Congresso.
“Estou governando apoiado pelo Congresso Nacional. Sei que meu índice de popularidade é pequeno, a imprensa também não me dá grande apoio. O grande apoio que eu tenho é pelo Congresso Nacional. Consegui aprovar coisas que estavam paradas lá há muito tempo”, afirmou.