“Se eu tivesse comido (o chocolate) eu ia ter morrido, né, mãe?”. Essa foi a pergunta que o filho de sete anos da diarista Juliana Santos fez ao encontrar larvas no ovo de Páscoa que ganhou na escola, em Bertioga, no litoral de São Paulo. A distribuição foi feita pela Prefeitura, que agora apura o que aconteceu. O caso não foi o único na cidade.
Na quinta-feira (13), o Fundo Social de Solidariedade entregou 5 mil ovos de chocolate aos estudantes da rede pública. Alguns, entretanto, estavam em mau estado de conservação e, aparentemente, estragados. A maioria dos casos ocorreu com alunos da Escola Municipal Professor Delphino Stockler de Lima, na Vila Itapanhau.
“Meu filho chegou em casa, abriu o ovo e deu uma mordida. Quando eu fui perceber, estava cheio de teia e larvas no chocolate e na embalagem. Daí nos gravamos um vídeo para provar”, conta Juliana, que tem 27 anos. Ela disse que o menino sempre estudou na rede pública, mas foi a primeira vez que teve algum problema do tipo.
Situação semelhante viveu o filho da comerciante Caroline de Souza, de 31 anos. O menino também tem sete anos. “Na hora que a gente abriu (a embalagem), o ovo estava todo embolorado. A sorte foi que ele nem chegou a comer. O caso é delicado, pois são crianças que receberam. Então todo cuidado com eles é pouco”, fala.
Para a manicure Priscila Coentro, de 31 anos, parte dos produtos distribuídos estava com o prazo de validade vencido. “Dá para ver que a etiqueta com a data de vencimento para 20 de setembro foi colocada sobre outra. Tentei tirar para ver o prazo original, mas não consegui”. A filha dela, de oito anos, comeu o chocolate, mas não passou mal.