O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou um inquérito que apurava se o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) cometeu calúnia, injúria, difamação e peculato. O parlamentar era suspeito de ter contratado cinco pastores de sua igreja com dinheiro da Câmara dos Deputados, mas não haveria comprovação de que o grupo cumpria expediente no Congresso Nacional, ou no escritório político de Feliciano, em Orlândia, no interior de São Paulo.
O inquérito foi aberto no STF em abril de 2013, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). O caso surgiu a partir de uma denúncia dos deputados Jean Wyllys (Psol-RJ), Érica Kokay (PT-DF) e Domingos Dutra (SD-MA).
Além de apontar o caso dos pastores, os parlamentares acusaram Feliciano de ter criado uma produtora em nome de um de seus assessores, a WAPTV Comunicações, “encarregada da criação de diversas campanhas publicitárias de crimes contra a honra de defensores de direitos humanos”. Em um dos trechos transcritos na ação, retirado de publicação na internet, os parlamentares opositores foram chamados de “tendenciosos” e “agressivos”.
Depois de quatro anos no STF, não foram encontrados elementos suficientes contra Feliciano para dar continuidade às investigações, conforme admitiu o vice-procurador-geral da República, Bonifácio Andrada. “Passados quase quatro anos desde sua instauração e realizadas diversas diligências, os autos revelam-se desprovidos de subsídios que possam justificar a continuidade das investigações quanto ao delito em comento”, afirmou o procurador.