Democracia e liberdade sempre: Câmara homenageia Bicentenário da Revolução de 1817

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Em homenagem ao bicentenário da Revolução Pernambucana de 1817, uma sessão solene foi realizada nesta quarta-feira (29), na Câmara Municipal de Natal. O ato foi proposto pela vereadora Eleika Bezerra (PSL) para celebrar o movimento de emancipação deflagrado contra a coroa portuguesa, no período colonial, e destacar a relevante participação neste acontecimento histórico de dois norte-rio-grandenses: André de Albuquerque Maranhão e Padre Miguelinho.

“Trata-se de resgatar a importância da Revolução de 1817 para a História do Rio Grande do Norte e exaltar estes dois potiguares, que foram imprescindíveis para o movimento. Dois heróis de uma revolução que as gerações mais novas – e até as mais antigas – desconhecem. Traços do nosso passado histórico que merecem ser lembrados, registrados e reconhecidos”, justificou a vereadora Eleika Bezerra.

Segundo ela, é preciso que a Revolução de 1817 e sua ideologia de luta pela liberdade inspire os brasileiros, acima de questões individuais ou partidárias, a superar o momento pelo qual o país passa de “gravíssima crise política, econômica, social e ética”. “Que os ideais iluministas de “igualdade, fraternidade e liberdade”, que inspiraram o sonho de independência dos nordestinos daqueles tempos, possam nos encorajar a enfrentar os desafios da contemporaneidade”, completou a parlamentar.

Posto em lugar de destaque pelos historiadores, Padre Miguelinho teve uma atuação no movimento em território pernambucano, onde vivia desde que saiu de Natal, aos 16 anos, para ingressar na Ordem Carmelita da Reforma. Pode-se dizer, inclusive, que ele teve função semelhante à de Tiradentes em Minas Gerais, sendo que no Estado de Pernambuco, cinco anos antes da Independência do Brasil ser declarada. Foi condenado pelo crime de lesa-majestade e fuzilado no dia 12 de junho de 1817.

Na capital potiguar, o Padre Miguelinho dá nome ao Instituto Padre Miguelinho, escola estadual localizada no bairro do Alecrim, a também ao prédio onde funciona atualmente a Câmara Municipal.

Artur Dutra, pesquisador do Grupo de Estudos André Albuquerque Maranhão, parabenizou o Legislativo natalense por contribuir para a preservação de uma memória que deve habitar o imaginário popular. “Passados 200 anos, lutar por justiça e liberdade continua a ser o nosso maior compromisso”.

Daliana Cascudo, presidente do Ludovicus – Instituto Câmara Cascudo, disse que a história é uma área do conhecimento humano preocupada com a compreensão do passado, buscando dar sentido às ações do homem com a intenção de oferecer respostas para as questões do presente. “Precisamos, entretanto, participar efetivamente deste processo de apropriação de nossa história e de valorização de nossa cultura”, concluiu.

Também estiveram presentes na solenidade o presidente da Casa, vereador Raniere Barbosa (PDT), e o vereador Franklin Capistrano (PSB).

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