No dia 27 de março é comemorado o Dia Mundial do Teatro. O espaço que muitas vezes dá visibilidade para as artes demonstrarem a realidade cotidiana, no Rio Grande do Norte, apresenta um descaso. Fechado há mais de um ano, o Teatro Alberto Maranhão (TAM), o mais antigo do estado, não tem previsão de reabertura. Na última sexta-feira (24), o TAM completou 113 anos de fundação.
Interditado desde 14 de julho de 2015 pela Justiça do Rio Grande do Norte, por falta de segurança, o principal teatro do estado segue fechado para população e para a classe artística, que está com sua produção totalmente prejudicada. Por meio de uma rede social, o produtor cultural Amaury Junior comentou o descaso com o teatro.
“O Teatro Alberto Maranhão completou 113 anos de idade. E de presente ele ganhou ainda mais descaso e abandono do poder público, que devido sua incompetência o mantém fechado à cerca de um ano e oito meses. A centenária casa agoniza e com ela vários artistas e produtores que sofrem com uma crise econômica do país e a falta de espaços públicos pra arte, cultura e entretenimento. Esperamos ver o nosso TAM de portas abertas em breve. Não há o que comemorar. Apenas lamentar e pedir mais respeito”, desabafou o produtor.
A reportagem do Natal Notícias entrou em contato com a Fundação José Augusto, e por nota, foi informada que o Governo do Estado está negociando com a empresa pernambucana Cunha Lanfermann Engenharia e Urbanismo a execução dos projetos complementares para a restauração do Teatro Alberto Maranhão. Os projetos básicos para a obra já foram aprovados pelo IPHAN e Corpo de Bombeiros e estavam com recursos garantidos no PAC das Cidades Históricas, que não se concretizou.
Os recursos para a reforma do TAM, no valor de R$ 7,8 milhões, estão assegurados pelo Programa RN Sustentável.